Um dos assuntos mais polêmicos no mundo automobilística é a presença de radar de velocidade. Para muitos, existe uma cultura das multas. Para outros, os radares são fundamentais para salvar diversas vidas.
A cobrança pelo excesso de velocidade captada por radares é um incômodo para diversos motoristas. Porém, em verdade, a presença dos radares não se dá de forma arbitrária. Ou seja, a velocidade limite é condizente com o tipo de via.
Mas será que essas cobranças são justas? Ou ainda, será que o resultado benéfico dos radares compensam o transtorno que é passar por eles?
Se você tem interesse no assunto e quer descobrir de uma vez por todas se os radares são um mal necessário é só continuar lendo esse artigo que preparamos para você.
O radar é um aparelho projetado para verificação da velocidade dos automóveis. Ele pode ser instalado em ruas, avenidas e estradas.
Por isso, o principal objetivo do uso desse tipo de ferramenta é detectar automóveis com velocidades acima da permitida em uma determinada via.
O excesso de velocidade, por sua vez, é um dos maiores causadores de acidentes de trânsito e, geralmente, produz vítimas fatais.
Dessa forma, o uso de um radar de velocidade é uma forma de desincentivar o excesso de velocidade e, por consequência, diminuir o número de acidentes.
Existem dois tipos de mecanismos básicos pelos quais um radar pode funcionar:
O segundo mecanismo é mais preciso e dificilmente pode ser burlado, uma vez que a aferição é feita em questão de milissegundos.
Em ambos os casos, no entanto, o radar é capaz de tirar uma fotografia quando detecta excesso de velocidade. E esse é um dos fatores importantes para comprovar a infração pois trata-se de uma prova concreta.
A sensibilidade desses dispositivos é muito alta e, por isso, dificilmente ocorrem erros na captura de uma velocidade.
Os limites de velocidade variam de acordo com a via. No entanto, existe uma tolerância de 10% em relação ao limite máximo de velocidade.
Ou seja, um carro pode trafegar numa velocidade maior em até 10% do que o limite da via para ser considerado num limite seguro de velocidade. Caso essa tolerância seja ultrapassada, o radar irá detectar o excesso e ocorrerá a multa.
Apesar de apresentarem uma única função comum, que é aferir a velocidade do veículo, existem diferentes tipos de radar de velocidade. Sendo assim, cada um desses tipos podem ser escolhidos para os diferentes tipos de vias e necessidade.
A Resolução 396/2011 do CONTRAN, em seu artigo 1º, determina os tipos existentes de medidores de velocidade, são eles:
Os medidores fixos, popularmente conhecidos como pardais, funcionam através de sensores.
Dentre os medidores portáteis, um dos mais famosos é uma espécie de pistola que o agente de trânsito aponta para o carro e partir disso é capaz de obter a velocidade com que o veículo se deslocava.
É preciso ressaltar, no entanto, que independentemente do tipo de radar de velocidade, eles só podem ser utilizados em vias que possuam placas sinalizando a velocidade máxima (placa R-19).
Inclusive, os radares precisam estar a uma certa distância das placas informando a velocidade máxima e, principalmente, devem ser vistos pelos motoristas.
Se o radar estiver sendo manuseado por agente de trânsito, este deverá estar evidente na via verificada, não podendo se omitir ou esconder.
Hoje em dia, muitas pessoas acreditam que a presença de radares é excessiva e mencionam uma “indústria das multas”. Ou seja, elas acreditam que esses dispositivos existem em maior número do que deveriam e servem apenas para multar motoristas.
No entanto, é fato que a presença de radar de velocidade atua na prevenção de acidentes graves. Isso porque se uma via é fiscalizada com certa frequência ao longo de sua extensão, existem menos espaços para que um motorista ande em altas velocidades.
O excesso de velocidade, portanto, é um dos maiores causadores de acidentes graves e mortes nas estradas, avenidas e ruas. Essa conduta coloca em risco não somente os condutores e passageiros do carro em alta velocidade, mas todos os outros que estão trafegando.
Por isso, é muito comum que automóveis em alta velocidade capotem e atinjam outros veículos, o que pode gerar um acidente de grandes proporções.
Desse modo, a presença de medidores de velocidade nas vias atua num primeiro momento contra o excesso de velocidade e, consequentemente, na diminuição do número de acidentes e mortes.
Inclusive, de acordo com levantamento feito por SOS Estradas, com base em dados da Polícia Rodoviária Federal, o número de acidentes graves em 2019 aumentou em 2% após o desligamento de cerca de 2820 dispositivos pelo país.
Esse número representa também um aumento nas mortes causadas por acidentes automobilísticos. Isso, portanto, nos leva a crer que apesar do inconveniente de ter que reduzir a velocidade de tempos em tempos, é melhor haver radares do que não haver.
Por fim, a questão vai além das multas, não se trata sobre o dinheiro. Mas é, sim, uma questão de segurança pública. Um mal necessário que cumpre a função de reduzir acidentes e salvar vidas.
Em resumo, vimos nesse artigo o que é um radar de velocidade e como funciona esse dispositivo cuja função é detectar a velocidade com que os carros trafegam em uma determinada via.
Além disso, falamos sobre os radares móveis e fixos e, também, sobre a necessidade de haver a sinalização indicando a velocidade máxima permitida na via. Inclusive, ressaltamos que o aparelho deve estar visível aos motoristas em todos os casos.
Por fim, abordamos a importância do uso de medidores de velocidade para a prevenção de acidentes automobilísticos de natureza grave e como consequência disso, uma redução no número de mortes.
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